OFICINA – História Digital: problemas práticos e experimentação – Profa. Dra. Anita Lucchesi

07 de April de 2021

OFICINA

 PUC-Rio, 26, 28 e 30 Abril 2021

História Digital: problemas práticos e experimentação

Autora: Profa. Dra. Anita Lucchesi (anita.lucchesi@gmail.com)

Carga horária: 08 horas

Dia 1, segunda-feira, 26/04, 16h às 19h

Dia 2, quarta-feira, 28/04 16h às 19h

Dia 3, sexta-feira, 30/04, 11h às 13h

 

Descrição

Os mais recentes estudos sobre História Digital têm nos convidado a refletir sobre a necessidade de uma nova hermenêutica para a crítica das fontes digitais, sejam elas oriundas de digitalização ou já nascidas digitais. Com isso, emerge também a necessidade de se refletir sobre como as práticas de pesquisa mediadas pelo componente digital condicionam o acesso e a crítica documental. Esta oficina propõe a noção de experimentação e exploração criativa como chave para se descobrir, aplicar e refletir sobre a mediação do digital na pesquisa histórica. O público visado é aquele de estudantes de história, historiadoras e historiadores interessados na interface entre história e tecnologias digitais. Não é necessário conhecimento prévio sobre nenhum programa, linguagem ou técnica computacional. A oficina se desenvolverá online através da plataforma Zoom. Os interessados devem se inscrever previamente, até o dia 23 de abril, a partir do link https://puc-rio.zoom.us/meeting/register/tJIvfuCrpzgtGNPkImSAEgb2RAs0G99yQSbF

 

Objetivo

Introduzir o debate sobre o ethos experimental nas humanidades digitais e como este movimento tem sido recebido pelos estudiosos e praticantes da história digital. A partir disso, vamos discutir os conceitos de thinkering e de crítica das fontes digitais a partir de uma breve experimentação e exploração de alguns ambientes de trabalho, ferramentas e fontes históricas digitais. O objetivo global da oficina é apresentar aos participantes noções básicas de história digital e, a partir de alguns exemplos, oferecer um pequeno repertório de ferramentas e técnicas. Almeja-se que ao final da oficina cada participante sinta-se mais à vontade para realizar experimentos a partir das ferramentas e técnicas apresentadas e possa aplicá-las autonomamente em suas próprias pesquisas.

 

 

 

Programação

Dia 1 Programação Conceitos /Ferramentas
16:00 – 16:20 Boas vindas e introdução experimentação, thinkering, literacia digital, literacia multimodal, crítica das fontes digitais, zonas de contato
16:20 – 16:30 Dúvidas / Comentários
16:30 – 17:15 Ferramentas básicas I Zotero, Tropy, Omeka
17:15 – 17:30 Intervalo banheiro, café, água, esticar as pernas J
17:30 – 18:15 Ferramentas básicas II Nodegoat, VoyantTools, MALLET
18:15 – 18:45 Dúvidas / Comentários
18:45 – 19:00 Encerramento Dia 1 – O historiador programador? Programming Historian-PT, Github, heurística digital
Dia 2 Programação Conceitos /Ferramentas
16:00 – 16:15 Apanhado Dia 1 – O historiador experimentator autodidatismo, autorreflexão, aprender-fazendo, heurística digital
16:15 –16:45 Seguir um tutorial / Adaptar um tutorial transição fontes-dados, preservação e gestão de dados, linha de comando,
16:45 – 17:00 Dúvidas / Comentários
17:00 – 17:15 Intervalo banheiro, café, água, esticar as pernas J
17:15 – 17:45 Coleta de dados webscrapping, automatização, formatos e possibilidades
17:45 – 18:00 Dúvidas / Comentários
18:00 – 18:30 Possibilidades de exploração e visualização rawgraphs.io e kepler.gl
18:30 – 18:45 Dúvidas / Comentários
18:45 – 19:00 Encerramento Dia 2– Escalas, leitura e interpretação mineração de dados, leitura próxima, leitura distante, mineração de dados, CAQDAS
Dia 3 Programação Conceitos /Ferramentas
11:00 – 12:00 Conferência de encerramento: Por uma hermenêutica da prática na interface entre a história e o digital Hermenêutica da prática, estilos de reflexão/pensamento, hibridismo, thinkering, experimentação, autoreflexão, zonas de contato, hibridismo
12:00 – 13:00 Debate Debate aberto (participantes da oficina e demais)

 

 

 

Leituras obrigatórias

 

Baker, James. “Preservar os seus dados de investigação.” Programming Historian, April 30, 2014. https://programminghistorian.org/pt/licoes/preservar-os-seus-dados-de-investigacao.

 

Brasil, Eric, and Leonardo Fernandes Nascimento. “História digital: reflexões a partir da Hemeroteca Digital Brasileira e do uso de CAQDAS na reelaboração da pesquisa histórica.” Revista Estudos Históricos 33, no. 69 (January 1, 2020): 196–219. http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/79933.

 

Pimenta, Ricardo Medeiros. “Entrevista com Andreas Fickers.” Revista Z Cultural (blog), January 24, 2018. http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/entrevista-com-andreas-fickers/.

 

Referências bibliográficas

 

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Burrell, Jenna. 2012. Invisible Users: Youth in the Internet Cafes of Urban Ghana.

Dijck, Jose van. 2007. Mediated Memories in the Digital Age. Stanford, Calif: Stanford University Press.

Drucker, Johanna. 2009. Speclab – Digital Aesthetics and Projects in Speculative Computing. London: University Of Chicago Press.

Fickers, Andreas. “Update für die Hermeneutik. Geschichtswissenschaft auf dem Weg zur digitalen Forensik?,” 2020. https://doi.org/10.14765/ZZF.DOK-1765.

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Gold, Matthew K. 2012. “Digital Humanities As/Is a Tactical Term.” In Debates in the Digital Humanities, edited by Matthew K. Gold. Minneapolis: Univ Of Minnesota Press.

Hansen, Nicolai Brodersen, Christian Dindler, Kim Halskov, Ole Sejer Iversen, Claus Bossen, Ditte Amund Basballe, and Ben Schouten. “How Participatory Design Works: Mechanisms and Effects.” In Proceedings of the 31st Australian Conference on Human-Computer-Interaction, 30–41. OZCHI’19. New York, NY, USA: Association for Computing Machinery, 2019. https://doi.org/10.1145/3369457.3369460.

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