Cursos de Graduação, Pós-graduação, Mestrado e Doutorado
3º Encontro Internacional – Rede de Processos Repressivos, Empresas, Trabalhadoras/es e Sindicatos na América Latina
11 de March de 2020
3º Encontro Internacional
Rede de Processos Repressivos, Empresas, Trabalhadoras/es e Sindicatos na América Latina
De 27 a 29 de Agosto de 2020, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
O comitê organizador convida a todas/os as/os pesquisadoras/es a enviarem seus trabalhos para o 3º Encontro Internacional Rede de Processos Repressivos, Empresas, Trabalhadoras/es e Sindicatos na América Latina.
Comitê Organizador:
Profa. Dra. Larissa Rosa Corrêa – Dpto. História/PUC-Rio
Profa. Dra. Alessandra de Sá Mello da Costa – PPGA/ PUC-Rio
Prof. Dr. Paulo Roberto Ribeiro Fontes – IH/UFRJ
Prof. Dr. Pedro Henrique Campos Pedreira – PPHR/UFRRJ
Prof. Dr. Jean Rodrigues Sales – PPHR/UFRRJ
Prof. Dr. Marcelo Almeida de Carvalho Silva – PPGCC/UFRJ
Diretrizes para submissão:
Qualquer pesquisador envolvido com a temática está convidada/o a enviar o seu trabalho para o 3º Encontro Internacional da Rede. Serão aceitas propostas de trabalho que não ultrapassem 2.800 caracteres (com espaços). As propostas devem ser enviadas em formato word ou pdf e devem conter:
A Rede de Estudos sobre “processos repressivos, empresas, trabalhadores e sindicatos na América Latina” é formada por pesquisadores e pesquisadoras da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai de diversas instituições como FLACSO (Argentina), UFRJ, (Brasil), Universidad Nacional de La Plata (Argentina), Universidad Católica Nuestra Señora de la Asunción (Paraguai), UFRRJ (Brasil), Universidade Academia de Humanismo Cristão (Chile), PUC-Rio (Brasil), Universidad de la República – UdelaR (Uruguai) com o objetivo de avançar nas articulações e compartilhar seus pesquisas sobre ditaduras, trabalhadores e sindicatos em vários casos nacionais durante a fase chamada “Guerra Fria”.
A formação da Rede ocorreu ao longo dos anos a partir da necessidade de avançar nas articulações no trabalho em torno das questões de diferentes países da América Latina cuja origem se deu em um processo de confluência de diferentes pesquisadores e equipes que começaram a compartilhar seus trabalhos sobre ditaduras, trabalhadores e sindicatos em vários casos nacionais durante a fase chamada “Guerra Fria”, de o final dos anos 40 até o final dos anos 80. Muitos deles/as já estavam trabalhando em aspectos que permitiam expandir a visão existente sobre as ditaduras em seus países, predominantemente ou exclusivamente focado em dimensões políticas. Alguns desses estudos iluminavam diferentes aspectos do papel da classe trabalhadora no processo de mobilização e política e social durante a radicalização da Guerra Fria, e analisavam as formas que assumiu o conflito entre capital e trabalho, a dinâmica das políticas repressivas em relação aos trabalhadores/as e sindicatos, o desenvolvimento de outras linhas de política de Estado e o estudo das transformações de várias instituições trabalhistas, bem como a ampla gama de respostas de diferentes setores da classe trabalhadora e do movimento sindical. Colocar algumas dessas linhas de trabalho em diálogo foi fundamental e nos permitiu ir além dos debates em uma dimensão nacional, para começar a reconstruir dinâmicas regionais, pontos de conexão entre os processos estudados, semelhanças e diferenças. Neste diálogo altamente produtivo de algumas destas correntes com a literatura do campo da Economia, Sociologia econômica e de outras disciplinas sobre transformações econômicas promovidas durante as ditaduras e o papel dos diferentes núcleos de poder econômico neste processo, juntaram-se pesquisas que também contribuíram para enriquecer e completar os pontos de vista predominantemente políticos em estágios ditatoriais, iluminando uma rede complexa entre poder econômico e forças armadas que permitiam outras formas de pensar o legado deixado pelas ditaduras para os democráticos.
Finalmente, pontos de diálogo muito interessantes foram encontrados com produções vindas de países que não tinham regimes ditatoriais propriamente ditos no período da Guerra Fria e que, no entanto, haviam experimentado processos repressivos muito significativos sobre a classe trabalhadora e o movimento sindical e que parecia importante poder considerar as ditaduras como formas ou manifestações específicas em um gradiente mais amplo de processos repressivos que assumiram formas diversas. Foi considerado também muito importante entender este período histórico específico em diálogo com as fases anteriores e posteriores, analisando as continuidades e transformações nas formas de violência contra os trabalhadores/as e sindicatos, bem como a participação de empresas e empresários nestes processos.
Como resultado deste processo, a constituição da Rede foi formalizada em seu primeiro encontro, realizado em 23 de março de 2018, na cidade de Buenos Aires, Argentina e nomeado de “Encuentro Internacional Procesos represivos, empresas, trabajadores/as y sindicatos en América Latina”. O encontro internacional da Rede de Processos repressivos, empresas, trabalhadores e sindicatos na América Latina aconteceu na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) visando promover o desenvolvimento do diálogo das produções acadêmicas na Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai. O primeiro bloco deste encontro tratou do eixo temático das ditaduras, trabalhadores e sindicatos na Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai durante a Guerra Fria com o debate centrado na análise de fontes, arquivos, e aspectos metodológicos em cada um destes países com exposições de Silvia Nassif (INIHLEP UNTAEyT da FLACSO, Argentina), Larissa Rosa Correa (PUC-Rio, Brasil), Rodrigo Araya Gómez (Academia Universidade de Humanismo Cristão, Chile), Sabrina Alvarez (UDELAR, Uruguai) e Ignacio González Bozzolasco (UCA do Paraguai-UBA Argentina). O segundo bloco de discussões do primeiro encontro abordou o eixo “Empresas e processos repressivos na América Latina: fontes, arquivos, debates metodológicos e possíveis conexões com o campo da história de trabalho e de trabalho” e contou com apresentações de Victoria Basualdo (FLACSO-CONICET AEyT), Pedro Campos (UFRRJ, Brasil), Carlos Gómez Florentin (SUNY Stony Brook), Mariano Barrera e Andrés Wainer (AEyT de FLACSO-CONICET, Argentina) e Stella Segado (Territórios Clínicos de Memória (Tecme). Por fim, o encontro procurou promover o debate sobre o futuro da rede de estudos sobre “processos repressivos, empresas, trabalhadores e sindicatos na América Latina”. Como propostas para fortalecer o diálogo sobre casos, estudos, perspectivas teóricas e disciplinares, levantar debates mais sistemáticos e discussões metodológicas, conceituação e ampliação do conhecimento sobre as fontes e arquivos que permitam nutrir o campo de estudos para fortalecer as análises disponíveis.
Um ano após o primeiro encontro, em março de 2019, foi realizado o 2º Encontro da Rede (2do Encuentro internacional Red Procesos represivos, empresas, trabajadores/as y sindicatos em América Latina) em La Plata, Argentina. Este evento contou com pesquisadores e pesquisadoras da Argentina, Brasil e Chile em painéis dedicados ao debate sobre a judicialização e responsabilidade corporativa na América do Sul, repressão ao movimento trabalhador na região de La Plata, a utilização e pesquisa em arquivos, repressão a trabalhadoras sob a ótica das questões de gênero e a vigilância dos trabalhadores no ambiente de trabalho. O 2º encontro foi sediado na Universidade Nacional de La Plata com a coordenação do “Proyecto de Investigación “Archivos policiales e historia social del trabajo. El archivo de la Dirección de Inteligencia de la Policía de la Provincia de Buenos Aires y el estudio de la clase obrera en el Gran La Plata (1957-1976” e o financiamento do Fondo para la Investigación Científica y Tecnológica