O Laboratório de Estudos sobre Ficção e História (LEFH) e a Fundação Casa de Rui Barbosa convida para a palestra de Luiz Costa Lima (História / PUC-Rio) – O múltiplo uno: mímesis e invenção
Local: Fundação Casa de Rui Barbosa, Sala de Cursos.
Rua São Clemente, 134, Botafogo.
Dia 22/09, sexta-feira, 17h.
O múltiplo uno: mímesis e invenção
Mímesis é o termo com que os gregos pensavam as artes. Em Roma, ganha a tradução clássica: imitatio. Com o cristianismo, a designação vira doutrina: se o homem é criatura do Criador, é justo que sua obra imite a natureza divina. A qualificação fica incólume até os românticos: eles a negam, sem propor uma alternativa. Com Hegel, ela é temporalmente restringida – a mímesis reitera algo feito pela sociedade. A vinculação com a história tornar-se-á constante, mas não questionada. Sem endossar a visão hegeliana, repenso seu vínculo com a história. Analiso a mímesis como um “múltiplo uno” inventivo. Qual propriedade teria senão a de romper com a realidade, expondo um real que só na mímesis se mostra?
LEFH – Laboratório de Estudos sobre Ficção e História
Aguarde os próximos encontros do LEFH sobre as múltiplas relações entre a ficção e a história.
Em outubro, teremos uma mesa com Andréa Werkema (Letras/UERJ) e André Jobin (História/PUC-Rio). Em novembro, outra mesa com o Gustavo Naves (Teatro/UNIRIO) e Nathalia Sanglard (História/UERJ).
E coloque na agenda: em março de 2024, no Rio de Janeiro, acontecerá o Seminário Nacional “Ficção e História: as formas do (des)encontro”.
A programação completa de tudo isso será em breve divulgada.
LEFH – Laboratório de Estudos sobre Ficção e História
Coordenado por Luiza Larangeira (UFRJ) e Henrique Estrada (PUC-Rio), o LEFH tem natureza interinstitucional. Ele formaliza uma dinâmica antiga de discussões sobre a ficcionalidade, tecida por laços de cooperação entre docentes de Teoria da História e Teoria Literária sediados no Rio de Janeiro. Essas discussões são animadas pelo interesse em investigar, na historicidade das formas literárias, diferentes configurações de um saber da história permeável à imaginação dos possíveis. Esperamos fomentar atividades conjuntas, estimular parcerias com áreas afins e fazer da reflexão teórica o locus da experimentação conceitual e do ensaio de formas não dogmáticas de exposição.